Há alguns anos a esta parte que assisto à proliferação das hortas urbanas. Sim sim, as primeiras hortas urbanas não foram idealizadas, muito menos projectadas pelo Exmo. Sr. Arq. Gonçalo Ribeiro Teles não senhor, foram os residentes anónimos das freguesias do conselho de Sintra, que preocupadas com a erosão dos taludes do IC19, mais tarde também dos taludes da CRIL, decidiram construir verdadeiros exemplos de cultura de extensivo (em comprimento) de todas as espécies de couves de cortar, rábanos, milho, e até mesmo arvores de fruto e vinha. Claro que estas hortas alimentaram durante muitos anos famílias inteiras e garantiam ocupação dos seus elementos aos fins-de-semana, no intervalo da missa dominical e a hora de almoço, até ao dia em que decidiram alargar o IC19, cimentar os taludes e colocar tapumes a todo comprimento.
A história das hortas urbanas teria ficado por aqui, não fosse o advento da crise e o insistente loby do Sr. Arq. Gonçalo Ribeiro Teles, os institutos viram que era bom e apoderaram-se deste conceito ganhador. "E foi assim que nasceram as hortas urbanas" (Pag. 54663 da história de Portugal do Prof. José Hermano Saraiva).
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